SNUFKIN: MELODIA DO VALE DOS MOOMINS é UMA RELAXANTE E SIMPLES AVENTURA | REVIEW

Histórias infantis quase sempre são meios de entretenimento para acalentar o nosso coração e fazer com que relaxemos diante de uma trama simples e sem enormes pretensões, e Snufkin: Melodia do Vale dos Moomins, é um ótimo exemplo disso. O jogo, desenvolvido pela Hyper Games e publicado pela Raw Fury, é baseado nas histórias da escritora e pintora finlandesa Tove Jansson e carrega em si traços de arte simples, mas que compõem uma bela paisagem acompanhados da música da banda Sigur Rós, formando uma aventura simples e relaxante.

História não é brilhante, mas tudo bem

No game, controlamos Snufkin, protagonista que dá nome ao jogo e que logo no começo da aventura se despede de seu amigo Moomintroll, um animal branco que parece uma mistura de elefante e hipopótamo. Ele parte para longe do Vale dos Moomins por conta do inverno, época em que esses animais aproveitam para hibernar. Contudo, ao retornar, Snufkin vê um local arrasado e com muitos bichos amedrontados com a presença do Guarda-Florestal, que gostaria de transformar a região no Vale do Futuro, com menos árvores, regras e muita interferência humana. Outro problema além do desmatamento causado pelos guardas, é que Moomintroll foi sequestrado ao tentar impedir as ações dos guardas.

Então, no controle do protagonista, devemos impedir os guardas, salvar o Moomintroll e todo o Vale dos Moomins. A premissa é extremamente básica em todos os momentos, mas incluí situações pontuais que podem ser um pouco tocantes. A história em nenhum momento brilha, mas tudo bem, esse jogo é voltado para um público infantil, assim como os livros escritos por Jansson.

Créditos: Arquivo pessoal A música é o segredo da jogabilidade

Dentro do jogo podemos pular, andar, pegar pedras para colocá-las em rios para que possamos atravessar, empurrar troncos para formar pontes e muito mais. O diferencial da obra, porém, não se encontra nessas atividades e sim na música. Snufkin é habilidoso e domina alguns instrumentos, como uma gaita, flauta e um tambor. Cada um deles possui uma função e nos ajuda a resolver os simples puzzles que temos dentro do game.

Créditos: Arquivo pessoal

Com a gaita conquistamos os animais pelo sons dela, assim podemos fazer com que corvos voem rapidamente em determinada direção, que pequenos “carneiros” nos ajudem a subir obstáculos ou que possamos atrair borboletas. Com a flauta, podemos fazer com que serpentes adormeçam para usarmos seus pescoços como passagem, podemos colocar “bichos-pau” que obstruam a nossa passagem para dormir, além de acalmarmos jacarés que podemos usar como pontes. Já o tambor tem o efeito contrário da flauta: usamos para espantar sapos, levantar montes de areia, despertar as serpentes e muito mais. Para utilizarmos cada um desses instrumentos, devemos ter inspiração que pode ser adquirida quando corremos através de arbustos, ou outros objetos do cenário, e ao completarmos missões secundárias.

As missões secundárias são simples e pedem apenas para você buscar determinados itens em certos locais do mapa para os personagens. Nenhum deles é muito aprofundado, mas se você leu as obras de Jansson, que não são nem um pouco populares aqui no Brasil, talvez deva ter um personagem que você curta mais e com o qual se identifique melhor.

Créditos: Arquivo pessoal

O jogo não brilha em nada que faz, mas é bem competente em tudo. A música é boa, a arte é bonita, a gameplay é simples, mas mirando em um público infantil isso é excelente. Infelizmente, durante a minha experiência tive alguns pequenos travamentos durante algumas cutscenes, o que me surpreendeu dado que o game possui visuais bem simples e que não exigem muita potência de processamento. No entanto, tirando esse pequeno contra, tive uma experiência muito sólida e relaxante ao jogar.

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